Segunda-feira, 30 de abril de 2012, Recife-PE. Eram quase 20h e as ruas no entorno do Estádio José do Rêgo Maciel (Arruda), estavam tomadas por torcedores. O público registrado, foi superior aos 36mil, uma verdaeira multidão se aglomerava para assistir a mais um jogo do Santa Cruz Futebol Clube. Mas infelizmente, não é da massa coral que venho falar, nem tão pouco do que aconteceu na partida. Venho falar do descaso das autoridades pernambucanas com o torcedor, cidadão de bem, que paga seus impostos, trabalha e no seu momento de lazer (que pra muitos alí é o único momento), não tem a mínima condição de segurança proporcionada pelo estado.
A proibição de torcidas organizadas nos estádios do Recife é uma atitude simplória e paleativa, que nada vai resolver a questão da segurança nos estádios, questão essa que sempre se deu fora das arquibancadas. Sempre foi na rua que os maiores problemas envolvendo torcedores de futebol aconteceram e a IMPUNIDADE, sempre foi o maior incentivo para esses vândalos que destroem e mancham o belo espetáculo que é o futebol. Agora, com a "proibição" de torcidas organizadas, esses marginais continuam frequentando os estádios e dessa vez, camuflados de pessoas normais, sem uma vestimenta que facilite sua identificação. O policiamento era quase inexistente, tanto no pré, quanto no pós-jogo, os torcedores estavam lançados a própria sorte e à mercê das ações desses bandidos disfarçados de torcedor, o que acasionou diversos furtos por todo o percurso da Av. Beberibe, que ía do estádio até a encruzilhada e suas adjacências.
As autoridades, fazem de conta que tomam atitudes e os torcedores se aventuram nessa guerra, que se tornou tentar acompanhar o seu time.
